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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Instinctu

Não se sabe ao certo qual era a época em que essa historia ocorreu, mas não é uma historia de amor nem de final feliz.
Ela era linda uma mulher ruiva com belos olhos castanhos e com um corpo escultural, o qual chamava a atenção de muitos, ate daqueles que não se importavam com isso, aqueles que a única beleza visível era o sangue de suas vitimas, mas ate um deles foi pego pela beleza desta garota, seu nome era Diana e o dele, bom nem ele lembrava mais, pois a centenas de anos não o ouvia e muito menos se preocupava em se lembrar. Ele era alto com a pele branca como a neve ao ponto de suas veias ficarem visíveis em um tom de verde escuro, seu olhos eram negros e foscos, como se já não houvesse vida naquele corpo. Possuía uma beleza incontestável, porem visível apenas a luz da lua onde ele saia para se alimentar, onde em uma noite ele a viu na sacada de seu quarto. No inicio ele a desejo como alimento, o seu sangue jovem, por isso subiu sorrateiramente na sacada se colocando atrás dela sem que ela o visse, mas por um segundo ele hesitou e foi o bastante para que ela se virasse e o visse, e nesse momento ele a desejo não mais como alimento, mas como um amante e por isso a teve, ela não tinha escolha não podia se opor aos seus encantos e muito menos a sua força foi puro instinto. Foi por apenas uma noite e uma única vez, depois disso ele se foi e nunca mais foi visto por ela, mas ele tinha deixado algo, um fruto, um filho dele crescia nela. Pobre alma esse seria o seu fim, pois isso que carregava se alimentava de seu sangue e de seu corpo e nada poderia salvar ela.
Dois meses depois começaram a ocorrer desaparecimentos neste vilarejo tanto de homens como de animais e o boato de um monstro se espalhava, mas não um monstro qualquer, era uma besta meio homem meio lobo, um ser amaldiçoado pelo estado físico e psicológico, um lobisomem. Junto corria a historia de uma jovem que havia se juntado de corpo com um demônio e que a qual carregava o seu fruto. Pobre Diana fora entregue ao monstro, pois quem mais poderia ser aquele se não o demônio, pai da criança que veio buscar seu filho. A pobre jovem nada podia fazer, pois o seu corpo estava muito debilitado devido ao ser que ela carregava ao ventre, ela apenas fechou os olhos e esperou.
 A besta sentiu o seu cheiro e logo foi atrás, mas havia algo de errado com ela, ele hesitava em chegar perto, pois sabia que aquele cheiro não era de um simples humano, mas de um inimigo, desta forma em um surto de adrenalina ele a atacou o mais rápido possível, foi apenas um golpe e o corpo da jovem foi partido em dois e sua cria saia por entre suas vísceras, ele sofreu apenas um arranhão nas costas e nada mais. A besta fugiu logo em seguida uivando com um ar de vitoria deixando os dois corpos para traz.
No dia seguinte um viajante que por la passava, viu o corpo dilacerado da jovem, o qual já não era mais belo, e um bebe o qual chorava muito, o mercante o pegara, sem imaginar o mal que ali estava. Mas algo diferente havia ocorrido com aquele ser, aquele pequeno arranhão nas costa o avia mudado, pois era dia quando ele foi encontrado e ele ainda estava vivo, também passou por varias luas cheias e nada havia ocorrido com ele, não se alimentava mais de sangue como quando estava no ventre de sua mãe parecia ser apenas um menino que crescia rápido e ficava cada vez mais forte e belo através dos anos, sua beleza era incontestável, possuía o tipo físico de seu pai mas os cabelos e olhos de sua mãe.
Era o vigésimo segundo aniversário de Luam Mc.Daguer, era assim que se chamava, ele estava no auge de sua beleza e forma física, as jovens moças de seu vilarejo se apaixonavam por ele, elas não tinham escolha, sendo ele filho de quem era herdou alguns de seus caracteres, e os jovens se sentiam ameaçados por ele como se ele fosse um lobo sanguinário preste a atacar, também justificável devido o acontecido  no seu nascimento.
Mas mal sabia ele que este seria o seu ultimo dia de felicidade, pois após o ultimo badalar da meia noite ele não era mais Luam Mc.Dauguer, não era mais humano, pois no ultimo badalar ele sentiu uma forte dor no estomago, algo que ele nunca sentiu antes, cada osso de seu corpo doía pois eles aumentavam  de tamanho quase que duplicando o mesmo ocorria com seus músculos, os quais ele podia ouvir se rasgar em quanto a dor continuava, numa tentativa desesperadora para pedir ajuda ao seu pai, o mercador que o achara na floresta, ele grita mas neste mesmo momento as sua gengivas se rasgão junto com as pontas de seus dedos, de onde saíram grandes dentes e garras. Neste mesmo instante seu pai entra em seu quarto e o que ele vê o deixa em choque, pois não era mais o seu filho era um monstro, não era um lobisomem muito menos um vampiro ele não sabia o que era, só que não era mais o seu filho, ele era enorme com grandes músculos e com pelos longos e grosso em algumas partes do corpo, andava curvado com grandes presas saindo de sua boca e enorme garras de sua mão, possuía braços longos e fortes, com os quais praticamente arrancou a janela do quarto e saltou para a rua do vilarejo. Não demorou muito para se começar a ouvir gritos e pessoas correndo pelas ruas.
Seu pai o velho Rouger Mc.Dauguer, mesmo já no seus 58 anos ainda possuía um belo vigor físico, também possuía uma barba não muito comprida e era careca, sabia o que tinha que ser feito pois aquele não era mais o seu filho e sim uma besta criada por demônios. Ele desceu ate o porão de sua casa e pegou a única arma que possuía, era um belo arpão de prata de uns dois metros e meio, o qual havia varias inscrições em alguma língua que ele mesmo não conhecia, esse arpão foi um presente que ele recebera de marinheiros para quais havia feito alguns serviços. Ele correu para fora de sua casa e viu a besta dilacerando um jovem sem que o mesmo tivesse alguma chance, o monstro tomava o seu sangue e comia a carne com prazer nos olhos, algo horrível de se ver. O velho Mc.Dauguer não pensou duas vezes e correu para cima do monstro para dar fim naquele terror que tomara o vilarejo, junto dele vários outros homens também avançavam com machados, foices e o que mais pudesse ser usado de arma, o monstro percebeu a investida que iria sofrer e como um trovão atacou os que estavam na frente, esses não tiveram nenhuma chance, a besta se deliciou com os seus gritos que ecoavam por toda parte e com o sangue que jorrava em sua cara, o mesmo dava rosnados ensurdecedores de alegria. Vendo aquilo o velho Mc.Dauguer o atacou com seu arpão, se aproveitando da distração da besta, que se deliciava com o sangue e carne alheia, ele o varo com o arpão atravessando por trás das costa e saindo pela boca. O monstro soltou apenas um uivo de dor e se debateu com tanta força que jogou o seu carrasco e pai para longe, a besta não caiu no chão ele ficou escorado no arpão e de joelhos. Rouguer se levantou e olhou para em direção da besta e neste instante ele viu o mesmo voltar a forma de seu filho, aquela visão causou um enorme buraco no seu peito, ele se virou e entrou floresta a dentro. Muitos dizem que ele morreu outros que ele caça todos os tipos de aberrações e monstros perdidos por ai, mas ninguém sabe ao certo, apenas se sabe que ele nunca mais foi visto.  

"Um homem é julgado não pela sua bravura ou por seus feitos e sim por uma unica decisão!"

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A caçada – A pena de um anjo.

Uma euforia toma conta do meu corpo, como isso era possível, um simples subalterno como eu na presença de um iluminado.
- Qual o seu nome guerreiro? – me perguntou um deles, ele era alto de pelomenos um metro e noventa e sete, também era muito robusto, possuía uma barba ruiva e não muito longa, suas vestimentas eram como a de um viking os tecidos eram brancos com detalhes dourados assim como a sua armadura e possuía em mãos um enorme machado do qual reduzia uma leve luz.
- Marcus... E quem são vocês? – faço essa pergunta já sabendo a resposta.
- Quem nos somos? – responde outro, este estava em cima das copas das arvores e eu apenas podia ver o seu brilho – Somos os doze iluminados, simples subalternos como você que foram escolhidos por anjos para guardarmos os seus poderes e os utilizarmos para proteção de todos os humanos, e você quem é?
Ao terminar todos os demais riram levemente e surpresos por eu não parecer saber quem eles eram. Eu me levantei e andei em direção do viking, que era o único que se mostrado a mim.
- Qual o seu nome? – perguntei a ele com um pouco de receio.
- Thorbog, oitavo iluminado guiado por Vasahiah – disse ele todo orgulhoso.
De repente todas as demais luzes sumiram deixando apenas uma leve brisa e um cheiro doce e por fim uma voz.
-Thorbog você sabe o que deve fazer, então prossiga!
Thorbog olhou para mim e sentou-se no chão, e apontou para baixo pedindo para que eu fizesse o mesmo, eu sentei.
- Marcus, você lembra-se de como conseguiu os seus poderes e quando? - perguntou ele com uma voz baixa, calma e rouca.
-Meus poderes... – eu podia correr muito rápido, tão rápido como o vento, possuía uma força fora do normal e tinha premunições, que nem sempre eram corretas, mas eu não era o único e comparados aos doze eu não era nada. – eu me lembro apenas de acordar no meio da rua e em seguida eu fui para casa com uma sensação diferente e naquela noite eu sonhei com um anjo, não sei qual era, mas ele me avisara de meus poderes e depois disso nada muito diferente de hoje, claro tirando o demônio e vocês.
Ele olhou para mim com cara de que eu estava escondendo algo.
- E quando foi isso? – me perguntou virando o rosto para o lado.
- A mais ou menos 2043 anos atrás se eu não me engano – respondi meio preocupado.
- E onde você habitava nesta época? – desta vez perguntou olhando para mim.
- Em Roma, mas porque isso é importante? – perguntei com curiosidade esperando que ele me revela-se algo alem do que eu já sabia, mas ele não disse nada durante um minuto.
- Nessa noite você encontrou algum objeto diferente? – desta vez ele perguntou com uma cara de surpresa e ansioso pela resposta.
- Sim, uma adaga que... – antes mesmo de eu terminar ele me interrompeu.
- Ela ainda esta com você?!
-Sim. – ele demonstrou surpresa e logo em seguida voltou a ficar serio.
- Temos que partir agora, tem muito que lhe ensinar, mas antes buscaremos a pena que lhe foi confiada. – disse Thorbog com uma voz rouca e alta em quanto se levantava, eu me levantei assustado e antes de poder dizer qual quer coisa uma luz me cobriu, me senti quente por alguns instantes e logo em seguida nada.